Justiça mantém júri popular para um dos acusados de homicídio em posto

O caso de um homicídio registrado em dezembro de 2017 teve um novo capítulo na semana passada. Uma decisão da 1ª Vara Criminal de Santa Maria levou um dos acusados de matar Marcelo Thomazzete Flores com golpes de facão a júri popular. Outros dois acusados, irmãos dele, foram impronunciados, ou seja, a denúncia não foi para a frente devido a falta de evidências de que eles tenham participado diretamente do assassinato. Cabe recurso para ambas decisões. 

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Com isso, Vilmar da Silva Flores, de 31 anos, deverá ter o júri marcado após o esgotamento dos recursos. Os impronunciados Ismael da Silva Flores, de 34 anos, e Gilmar da Silva Flores, 27, deixam de responder ao processo.

O advogado de defesa dos três, o criminalista Tiago Souza, pretende recorrer da decisão de mandar Vilmar a júri popular. A tese é de que a ação tenha ocorrido por legítima defesa.

- A defesa entende que ele deveria ter sido absolvido - resume Souza.

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Já o Ministério Público, através da promotora Giani Pohlmann Saad, entrou com recurso visando a reforma da sentença pedindo júri popular também para os outros dois irmãos. Segundo a promotora, o recurso do Ministério Público lastreia-se em forte prova de que houve a participação dos mesmos no homicídio.

O CASO
O assassinato ocorreu na noite do dia 7 de setembro. Marcelo Thomazette Flores, que tinha 29 anos na época, foi morto com golpes de facão, por volta das 21h30min, em um posto de combustíveis, no Bairro Nossa Senhora das Dores. 

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Conforme o boletim de ocorrência, registrado na Delegacia de Polícia de Pronto-Atendimento (DPPA), Marcelo entrou correndo na loja de conveniência do estabelecimento, seguido de outros três jovens, de 25, 29 e 32 anos, armados com facão. A vítima foi golpeada com dois facões e morreu após ser atingida com cinco golpes.

Marcelo chegou a ser socorrido pela Samu e encaminhado ao Hospital Universitário de Santa Maria (Husm), mas não resistiu. Em depoimento, os irmãos confessaram o crime e relataram que o fizeram por vingança, pois Marcelo teria agredido o pai deles dias antes.

*Colaborou Felipe Backes